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Foto do escritorCarlos Giordano

Cartão frota, o sócio do Posto que ninguém aguenta


Os Postos de Combustíveis no Brasil têm se esforçado para reinventarem o negócio, de forma a reestruturar o pensamento da gestão por resultados. No entanto, nem tudo parece passar pelo crivo da análise de cenários, com suas ameaças constantes.


Os Postos conseguiram mais um sócio majoritário que não trabalha, não investe, não se importa com os passivos e obrigações, nem com os custos da sua operação, mas fica com muito mais que a própria pretensão do dono.


As operadoras de cartão frota como Good Card, Nutricash, Wizeo, Ticket Log, Vale Card, CTF e outras, abocanham a rentabilidade do Revendedor sem que ele perceba à qual rumo está levando o seu negócio. Afinal esse sócio, manipula seus preços, o prazo absurdo para pagamento, com clientes que não são da revenda, e dificilmente serão, quando se utilizam dessa benesse.


A promessa da garantia de um volume fiel parece cegar a análise do Revendedor, que entrega mais uma vez a galinha que põe ovos de ouro a mais um atravessador desse mercado milionário.


Essa dança de volumes deixou o revendedor com uma perna só, tentando dançar nesse baile brega financeiro. Afinal, com até 40 dias para receber seu giro, com uma série de burocracias e custos como,


  • Dificuldade para fechamento e conciliação dos recebíveis

  • Necessidade de faturamento e emissão de nota fiscal

  • Cobranças de taxas de docs para remessa dos valores,

  • Taxas de administração,

  • De credenciamento e anuidades,

  • Manutenção de equipamento e,

  • Principalmente a imposição dos preços ditados pela operadora,


O revendedor só dança mancando mesmo.


As taxas hoje variam entre 3,75% até 5% sobre o faturamento bruto, sem considerar aí o custo financeiro do capital de giro aliado à impossibilidade de corrigir o inventário nas altas constantes nos preços de custos. Senão veja, caso o diesel suba 5% dentro desses 40 dias para reembolso, a brincadeira de mau gosto acaba lesando o caixa da revenda de forma absurda. O Posto perderá nesse ajuste de preços aquilo que acha que ganhou na operação de venda. Sem direito a reclamação. A maioria não percebe a curto prazo e entrega seu tesouro ao descaso da gestão por indicadores de resultado.


Sabe o que acontece, não é?


Na demonstração de resultados, a migalha fica em torno de 3 a 3,5% do faturamento média Brasil e o dinheiro parece sumir na gestão de fluxo de caixa, quando pede giro, no estoque pedindo reposição ou na conta vermelha do banco. Esse volume adicional do cartão frota, deve ser calçado por um necessário aporte de capital que, muitas vezes, o revendedor nem se preocupou quando comprou seus combustíveis à vista e entregou-o na venda à prazo à operadora desse cartão. Um giro que não volta mais e pior, se perde na impossibilidade de ajuste de inventário nas altas de preços.

Então para que aceitar para depois reclamar?

O sindicato não pode ajudar, a distribuidora nem quer saber disso, o gerente do banco desconhece, o cliente não se importa, os frentistas apenas obedecem e o dono do Posto chora.


O revendedor deve obrigatoriamente rever seus custos e promover negócios que sejam viáveis e duradouros, abrindo mão desse assédio por volumes de vendas sem margens de lucro. Um fim que ilude uma grande maioria.



Chega de fingir-se de vítima, transforme seu capital de giro em ativos duradouros e produtivos, faça contas, negocie, renuncie àquilo que o está incomodando, busque novos produtos e ofertas de serviços monetizados de forma a adquirir fidelidade de propósito com seus clientes.


O bom planejamento financeiro e estratégico orientará as suas ações rumo ao sucesso. Procure auxílio, busque novas experiências e encontrará certamente o caminho correto à sustentabilidade do negócio.


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