Da Vinci seria um bom candidato à P&D.
Por Carlos Giordano
Para atribuir uma intersecção estratégica entre a vida e obra de Leonardo da Vinci e a escola moderna de gestão estratégica, podemos explorar várias características e abordagens de Da Vinci que ressoam com os princípios contemporâneos de gestão.
Leonardo da Vinci é amplamente reconhecido por sua inovação e criatividade. Ele explorou diversos campos, desde a arte e a engenharia até a anatomia e a ciência. Além disso, Leonardo com seu amigo Boticelli, empreenderam numa Osteria chamada "Le Tre Rane, numa proposta vegetariana, que rompia com todos os preceitos nutricionais daquela época. Faliu tentando, mas desenvolveu uma mudança no conhecimento sobre gastronomia. Já o seu caderno de esboços revelou uma mente incansavelmente curiosa e experimental com desenhos que vislumbravam tendências absurdamente futuristas.
Na gestão estratégica, a inovação e a criatividade são cruciais para o desenvolvimento de vantagens competitivas. Empresas líderes constantemente investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e incentivam a cultura de inovação dentro de suas organizações.
Como Da Vinci, as organizações, atualmente, devem fomentar a curiosidade e a experimentação. Estratégias de inovação aberta, onde ideias de fora são bem-vindas, e a promoção de uma cultura de aprendizado contínuo são essenciais. O inventor exemplifica a importância de pensar fora da caixa e de explorar múltiplas disciplinas para inovar.
Leonardo integrou conhecimentos de diferentes áreas para criar suas obras e invenções. Sua habilidade de conectar a arte com a ciência e a engenharia exemplifica uma abordagem interdisciplinar.
Soluções inovadoras frequentemente surgem na interseção de diferentes campos. Empresas bem-sucedidas promovem equipes multifuncionais e colaborações entre departamentos distintos para resolver problemas complexos.
Promover uma cultura onde diversas disciplinas colaboram entre si, pode levar à inovações significativas e à soluções mais completas e holísticas.
Leonardo tinha uma visão de longo prazo em seus projetos, muitos dos quais só foram plenamente compreendidos e realizados séculos depois. Ele antecipou tecnologias e conceitos muito à frente de seu tempo.
Uma visão de longo prazo é fundamental na gestão estratégica. As empresas precisam ter um planejamento estratégico que não apenas responda às necessidades atuais, mas que também antecipe futuras tendências e desafios. O Balance Scorecard é a ferramenta para isso.
E tem mais...
Leonardo nunca parou de aprender. Ele estava constantemente adquirindo novos conhecimentos e habilidades, o que lhe permitia adaptar e refinar suas ideias e projetos. Ele desenvolveu aquilo que desejamos, que é a dinâmica de aprender a aprender.
E esse aprendizado contínuo e a adaptação, são pilares da nossa gestão estratégica. As empresas precisam ser ágeis, capazes de aprender rapidamente com seus erros e sucessos, e adaptar suas estratégias conforme necessário.
O PDCA nos ajuda a seguir no foco da cultura de aprendizado continuo, assim como exercitar programas de desenvolvimento profissional horizontal, dar feedback constante, e abrir as portas para a comunicação disruptiva e inovadora.
Leonardo ainda era conhecido por sua atenção meticulosa aos detalhes, o que resultava em obras de arte e invenções de alta qualidade e precisão.
Hoje, a execução impecável é tão importante quanto a formulação da estratégia. A atenção ao detalhe na implementação de projetos e na gestão de operações pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma estratégia.
Então, estimados amigos, Integrar os princípios de inovação, interdisciplinaridade, visão de longo prazo, aprendizado contínuo e atenção aos detalhes, inspirados pela vida e obra de Leonardo da Vinci, podem enriquecer a prática da gestão estratégica na empresa. As empresas que incorporam essas características em sua cultura, estarão melhor preparadas para enfrentarem os desafios e aproveitarem as oportunidades em um ambiente de negócios dinâmico e competitivo.
Pense nisso!
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