Na mitologia grega, Zeus era o Pai dos deuses do Olimpo e um belo dia resolveu criar uma linda mulher a qual lhe deu o nome de Pandora. Esta divina criatura, recebeu todos os dotes maravilhosos que uma mulher deveria ter.
Sob as ordens de Zeus, lhe deram muitas qualidades, como a graça e a leveza, a beleza, a capacidade de persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Mas, também colocaram a traição e a mentira no seu coração. Parecida com Eva, aquela namorada do Adão, que comeu a maçãzinha desgraçada.
Só que a ideia de Zeus era punir todos os homens com este presente feminino, pois haviam recebido de Prometeu o fogo divino que por ele havia sido roubado dos deuses do Olimpo.
Esta mulher tinha uma única restrição feita então por seu marido, chamado Epimeteu: Nunca abrir a Caixa de Pandora, que havia ele recebido dos deuses. Nesta caixa haviam guardados todos os males da humanidade. Mas a curiosidade daquela criatura fez com que não resistisse à tentação. Abriu-a, escondido do marido e os males escaparam. Correu para fecha-la mas só conseguiu guardar lá dentro um único bem, a esperança.
Então, segundo esse mito, fomos condenados a viver num mundo de intriga, de inveja, de cobiça, maledicência, falsidade, mentira, corrupção, traição, intolerância, ganância e muita ilusão.
No Brasil, as leis, as organizações, o governo, os políticos, enfim, a sociedade hipócrita, luta para impedir as mudanças sociais, sobrepondo-se seus lucros às necessidades da população que na maioria das vezes, sacrifica-se ao responsabilizar-se por conseguir entrega-lo ao feitor. Um verdadeiro banditismo social.
No entanto, isso tudo é fruto da nossa própria postura
e consciência social e política.
Precisamos desalienar-nos, adquirindo a consciência crítica, o senso de respeito, de ética, de moral, onde os valores sejam vividos e não escritos no gelo, afim de que não se transfira a sua culpa a terceiros ou ao tempo que passara sem que tivesse ao menos tentado mudar alguma coisa para melhor.
Na caixa de Pandora, ainda existe a esperança. Esperança na busca pela felicidade, no encontro com a certeza de melhoria de vida, onde haja a sensação agradável da paz e do conforto espiritual, onde mente e o corpo, trabalhem para a alegria de viver.
Não podemos mudar o tempo, mas devemos mudar a nossa vida, transformando-nos em verdadeiras obras do Deus do amor, do perdão e da felicidade.
Devemos correr agora, não podemos mais andar. Precisamos realizar o projeto da nova história da dignidade, ao invés da triste história do fracasso e da miséria. História da maioria inteligente, da maioria que trabalha, que luta por um mundo melhor, mas que está silente, calada e aviltada pela ganância e hipocrisia de poucos. Temos que fazer juntos um projeto de reinvenção, focado no bem, na verdade de Deus e na paixão pelo que se faz. Temos que ter mais coragem para mudar o mundo, mais iniciativa para começar essa mudança, construindo os acontecimentos, participando efetivamente da ação, com a alegria necessária para que algo aconteça.
Esqueça o negativismo, não espere que as coisas aconteçam na sua vida por oferta de alguém, seja um artista e não um espectador, faça arte, viva, respire, trabalhe e conquiste um mundo melhor para todos. Não espere, pois o tempo não para.
Sem que se tenha a iniciativa e a ação de plantar uma semente, seguramente não haverá a fartura e nem a festa da colheita.
Pense nisso.
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